O prjeto foi encerrado dia 15 de dezembro de 2010, mas devido a alguns contra tempos, ó foi concluido em meados de maio deste ano, e para vocês terem uma pequena amostra dessa surpreendente obra. E para vocês terem uma pequena amostra: 

O Dia que Virou Noite

             Júlio César Soares se formou no Ensino Médio em 2.007 e agora é professor intérprete de LIBRAS no Colégio Alberto, e em conversa sobre sua adolescência, lembrou sobre o dia que caiu muita pedra em nossa cidade. Não se recorda ao certo do dia, mas lembra que como de costume acordou, mais ou menos umas 8 e pouco da manhã, levantou-se e foi para a sala, ligou a televisão, e depois de um tempo, começou a escurecer e o dia parecia que tinha virado noite, de tão escuro que ficou. Escutou uma trovoada, e como sua mãe não gosta de deixar ligados os aparelhos elétricos com medo de que de um raio os queime, mandou desligasse, obedeceu e voltou para cama e poucos minutos depois, escutou como se fossem pedras batendo umas nas outras e em seguida, elas bateram no telhado que era de Eternit, já quebrou no primeiro impacto, em seguida escutou várias pedras batendo no forro de seu quarto, e sua mãe correndo para cobrir a televisão para que não entrasse água da chuva e a queimasse. A chuva não durou muito, logo parou e foi possível dar uma olhada nos estragos, logo que abriram a porta se depararam com muitas pedras de gelo e não eram muito pequenas não.

            Seu irmão mais velho Ermerson que já era casado, desceu de sua casa, que era no mesmo lote, mas na rua de cima, subiu no telhado e viu que tinham se quebrado várias eternits. E para que não passassem a noite com a casa cheia de goteiras, já que era possível uma nova chuva, seu irmão Ermerson, resolveu subir em um cômodo que era coberto com Eternit, também usada para guardar tranqueiras, esse cômodo era próximo à casa enquanto ele subiu para ver se tinha alguma Eternit boa, que talvez desse para colocar na casa, ficaram observando –o: Júlio sua cunhada Isabel, sua sobrinha Hayssa no colo da mãe, seu irmão Neri e sua mãe Leonice. Quando o Ermerson chegou mais ou menos na metade do telhado ele pisou em falso se desequilibrou e caiu, e como nesse cômodo não tinha forro ele caiu direto no chão, saíram correndo para ver se ele tinha se ferido ou desmaiado pois caiu de cabeça no chão, quando chegaram lá ele já estava sentado meio tonto, mas graças a Deus não tinha se ferido nem algo pior, e isso que ele foi teimoso nem quis ir no posto de saúde ver se tinha se machucado.

             Mais tarde as empresas da cidade e a prefeitura, saíram distribuindo lonas para cobrir as casas, e mais uma vez seu irmão subiu, dessa vez na casa e com cuidado ele conseguiu cobrir. Pouco tempo depois, passou um caminhão entregando eternits, e com a ajuda dos empregados das empresas ajudaram a cobrir as casas. Na verdade eles demoraram quase um mês para cobrir nossa casa de volta e enquanto isso ficamos só com a lona em cima das eternits quebradas. Lembra-se que sua mãe teve que ir pra Curitiba ajudar a irmã Vanessa, e ficou muito preocupada conosco que ficamos em casa.

            Essa foi a chuva de pedra mais feia que vi, o dia virou noite, um pesadelo, que quase um mês depois terminou.

Júlio César Soares.

        

        E com isso o projeto VENTANIA ATRAVÉS DOS TEMPO, se encerra. Agradecemos a todos os alunos, e Professora e também a toda a equipe da escola, e em especial a todas as pessoas que deram seus depoimentos assim permitindo que o projeto pudesse ser concluido.

 

Professora Coordenadora

Eliane Ratim

Professora coordenadora do Projeto no Viva Escola

Ventania através dos tempos

Partindo do pensamento do historiador Eric Hobsbawn, (1.995.p.13) o qual afirma que "quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem", é que o interesse de trabalhar com as falas da população e traçar um paralelo passado presente da história de Ventania se torna possível, pois a relação com a memória é um traço constituvo de toda e qualquer sociedade humana. Assim as crianças e jovens ventanienses poderão analisar e despertar seus interesses pelo passado do município, bem como de valorizar a história do local onde moram, pois hoje vemos o quanto nossos alunos não se interessam pelo seu passado e o quanto refugam o estudo da História . Então cabe a nós historiadores o ofício de lembrar o passado tornando o aprendizado mais atraente possível Também 0  projeto de resgate da memória através da história oral pode ser um dos mais poderosos instrumentos de construção da cidadania, num mundo que vive um ‘presentismo’ constante, onde todo sentimento de continuidade é derrotado por promessas de novos paraísos com muitas novidades tecnológicas, pois a própria instabilidade espacial do mundo urbano, impregnado da mentalidade do progresso e do utilitarismo, acaba destruindo qualquer vestígio de suporte material que dá apoio à memória. Portanto este trabalho pode contribuir para uma melhor conscientização do valor do patrimônio histórico, enriquecendo o conhecimento trabalhado em sala de aula.

 

Primeiro o trabalho com  a memória deverá fazer com que os educandos compreendam que o ser humano é social e participa de grupos, contribuindo com ideias e ações, ao mesmo tempo em que recebe contribuições dos outros;
Referendar os educandos como agentes históricos, levando-os a refletirem, investigarem e constituírem o conhecimento histórico, atentando para sua integração na dinâmica de suas opções durante a vida;
Induzir o aluno à reflexão sobre a sua própria realidade, sobre seu cotidiano, explorando hábitos, costumes, práticas, conhecimentos e demais formas de atuação sócio-cultural;
Reconhecer e valorizar sua História local, identificando os grupos sociais, bem como estabelecer relações e conexões entre o passado e o presente de Ventania;
Perceber  a História presente em todos os aspectos da vida;
Buscar conhecer as mudanças e transformações e/ou o que não mudou – as permanências na questão em estudo.
Resgatar os usos e costumes dos antepassados.

Comentário

Data: 13/12/2010

De: Rosnei

Assunto: Ventania Através dos Tempos

È indizível a importância de um projeto de história local para a formação de uma consciência histórica em que o indivíduo se perceba como parte integrante da mesma. Por isso não posso deixar de parabenizar a professora Eliane Ratim e ao Colégio CEASP pelo brilhante projeto, nos lembrando sempre que assim como a história é parte do homem, o homem é também parte da história.

Data: 19/08/2010

De: Eliane Ratim.

Assunto: Ventania Através dos Tempos.

Como cordenadora do projeto fico feliz em ver que o trabalho realizado pode ser visto por toda comunidade escolar dentro e fora do municipio, e que nossa história está realmente sendo valorizada!

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